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Casamento em Santorini: uma noiva a caminho do altar

Passada a animação do quarto cheio de queridas, nos despedimos e as orgulhosas belas deusas gregas foram para seus quartos. Ficamos apenas eu, minha mãe e a Lucia, nossa grande amiga, para a tarefa árdua de colocar o meu vestido. O cinegrafista se enrolou um pouco no horário e chegou bem no final da arrumação, me causando alguma chateação, mas que nem vale a pena comentar porque eu amei o resultado do vídeo e seria injusto reclamar. Aí, veio o maior drama de noiva e este eu nunca poderia prever. Enquanto ajustávamos a minha saia, o véu se enrolou no vestido e foi puxado para baixo, levando o penteado junto. Terror e pânico instalado na suíte, tentamos de todo jeito prender novamente o penteado na altura certa com milhões de grampos, mas eu ainda sentia o cabelo “caindo”. E naquele momento de desespero total, o cinegrafista nos olhava e pedia para ver sorrisos, o André ligava para saber se minha mãe já poderia ir com eles, os amigos avisavam que o ônibus não tinha chegado ainda……Tudo acontecendo ao mesmo tempo e o meu véu descendo pela minha nuca! Esta foi a única hora que eu perdi minha calma de vez e peço desculpas a todos que gritei e que presenciaram algum chilique! Sorry, de verdade!

Todos saíram do quarto e meu pai chegou, tranquilo como sempre. A fotógrafa Bianca foi uma fofa tentando arrumar meu cabelo até os últimos segundos antes de sairmos do quarto, pois já estava na hora do meu carro chegar. Aí, eu acredito que tudo se encaixou, daquele jeito torto e questionável, mas definitivamente foi para meu melhor. Fomos para a frente do hotel e ficamos um tempo que pareceu uma eternidade esperando o carro que acabou atrasando 20 minutos. Tirei foto a pedido de todos os turistas e passantes de Fira, afinal quem não ama uma noiva de Santorini? Enquanto o carro não chegava, aquela senhora dona do hotel que mais parecia minha vovó anjo da guarda apareceu com um caixa de grampo, dizendo que foi dona de salão por anos e que arrumaria meu penteado. Ali, na rua, na frente do hotel, na frente de todos os turistas e funcionários, tudo foi resolvido.

O carro chegou e o motorista era quase um clichê engraçado grego, com óculos escuros, bigode e cigarro quase caindo da boca. Eu e meu pai relaxamos um pouco, enquanto ele fazia piadas para me fazer sorrir. E foi apenas uma viagem de cinco minutos até o local da cerimônia, mas na minha cabeça passou um documentário autobiográfico de muitos anos. Todas as alegrias, todos os sofrimentos, tudo que tinha me levado até ali.

casamento em Santorini

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